O EREFIL É MAIS UM ESPAÇO PARA AS MULHERES GRITAREM SUAS VOZES


Na atual conjuntura em que a violência contra a mulher permanece, cabe-nos trazer a discussão a nosso espaço de trabalho, lugar de produção de conhecimento, debate e ação política em que deveria ser cultivada a equidade entre os gêneros.
É por isso e por uma série de outros motivos que devemos nos impor nesse espaço que também ocupamos. O qual é majoritariamente marcado por figuras e falas masculinas. E depois do que vimos acontecer com a filósofa estadunidense Judith Butler, ocasião de sua vinda ao Brasil na qual sofreu agressões físicas e verbais por simplesmente trabalhar no campo de pesquisa que se volta à problematização das desigualdades de gênero, buscamos aqui ressaltar a importância de cada vez mais discutirmos sobre equidade de direitos e ocupação de todos os espaços por nós mulheres.
A mulher enfrenta resistência em qualquer âmbito que ela esteja. Agora veja: uma MULHER NEGRA LÉSBICA ALAGOANA e ESTUDANTE DE FILOSOFIA (FILÓSOFA)!? Ela vai enfrentar 3x vezes mais resistência. E ela terá que ser melhor 6x mais para mostrar o que ela conhece.
Neste sentido, gostaríamos de ressaltar a importância de mulheres, negras, camponesas, ribeirinhas, lgbts compondo as mesas e espaços de discussões de nosso primeiro Encontro Regional de Estudantes de Filosofia do Nordeste. Pois sabemos o quanto a voz da mulher foi constante marginalizada na história da Filosofia, fragmentando-se ainda mais quando pensamos em questões de gênero, raça e classe.
Afinal, das margens mais periféricas para o centro, a voz da mulher nordestina se constitui para nós como uma Outra Voz da Filosofia que queremos escutar!
Seja mulher trans, seja mulher cis, em todas as suas cores, texturas e linhas de vida.
Grite sua voz!!!

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